Política de preços da Petrobras: tudo o que você precisa saber

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Plataforma petrolífera no oceano com navio próximo, representando a extração e política de preços da Petrobras.

Questões de subida e descida de valor da gasolina e do diesel sempre remetem a diversas teorias sobre os motivos que levam a ocorrer essas alterações nos preços do combustível, mas como realmente é estruturada a política de preços da Petrobras?

Através deste artigo será possível entender melhor o impacto causado pelas variações do preço na vida do seu consumidor e compreender os motivos que fazem os valores variarem.

Então continue a leitura e saiba todos os detalhes!

 

Sobre a política de preços

Em 2016 foi quando a Petrobras definiu sua nova política de preços, pois até então os preços eram determinados por litro de combustível.

A partir desta mudança os valores começaram a ser avaliados pelo preço do barril de petróleo no mercado internacional, envolvendo também a variação do dólar e sendo aplicado tanto para gasolina quanto para o diesel. E a cotação do dólar seria aplicado mesmo com combustíveis extraídos, refinados e consumidos no Brasil.

Essa mudança se fez necessária por conta da perda de controle quanto ao preço do combustível internamente. Porém com a alteração, a situação foi agravada e com a alta tanto do dólar quanto do petróleo, o mercado brasileiro seguiu cada vez mais insatisfeito e resultando em uma greve.

A greve não somente causou o desabastecimento de combustível em diversas cidades brasileiras como também afetou diretamente serviços públicos e privados, em especial o abastecimento do comércio e os transportes públicos.

E caso não lembre ou por algum motivo não vivenciou este momento da história do país, o impacto da greve dos caminhoneiros mostrou o quão dependente o cidadão é relacionado ao transporte rodoviário. Atualmente no Brasil em média de 90% são passageiros e 60% são cargas movimentadas dentro do país se deslocando entre suas rodovias.

Para que seja melhor entendido, vamos esclarecer como foi desenvolvido o método de definição, que se basearia na paridade com o mercado internacional, conhecido também como PPI ou paridade de importação.

 

Sobre os reajustes de preços

Um dos questionamentos que surge é o que ocasiona as variações de preço e como é definido o momento de modificá-lo.

Um dos fatores é a análise dos custos, tanto de frete dos navios como também os custos internos de transporte e taxas portuárias, o que acaba refletindo nos valores estipulados.

Os reajustes não seguem um cronograma específico e definido, segundo a Petrobras os preços podem variar por conta do mercado internacional, cujas cotações também oscilam bastante diariamente.

Entretanto, dentro da política de preços é previsto avaliações e vistorias ao menos uma vez ao mês, e esta avaliação é efetuada através dos dados que são coletados pela empresa.

Levando em consideração as informações e a paridade internacional os valores podem aumentar, reduzir ou até mesmo manter como está.

Atualmente, os consumidores sentem de forma mais intensa as mudanças e até mesmo a permanência do mesmo valor, pois além de afetar diretamente em seus bolsos, o câmbio ainda pende mais para aumentos, mesmo quando há oscilações.

Somente em 2021, a gasolina obteve um total de 15 reajustes, enquanto o diesel foi de 12 vezes. E ainda segundo o IBGE, até outubro de 2021, tanto gasolina quanto o diesel acumularam uma alta de praticamente 40% em seus preços.

 

Sobre o impacto na vida do consumidor

Esses reajustes não são obrigados a serem repassados de forma integral ao consumidor final da gasolina e do diesel, mas o empresário dono do posto acaba necessitando repassar parte desse reajuste para então obter lucros em seu estabelecimento.

Além disso, nos dias atuais também é permitido que outras empresas importem combustíveis, gerando assim uma concorrência com os que são produzidos nas refinarias da Petrobras.

O que torna interessante o ato de importar combustível, é que isso se tornou necessário para atender toda a demanda brasileira, pois há mais demanda do que capacidade de produção nacional, principalmente se tratando de diesel.

Ainda pensando sobre o consumidor final e o questionamento de: por que é este o valor do combustível?

Em tese o preço pago pelo consumidor não é definido ou está sob a gestão da Petrobras. A formação de um preço X depende de alguns fatores como:

  • O preço do produtor e importador de gasolina ou diesel;
  • O valor da sua carga tributária;
  • Os custos das misturas obrigatórias, seja do etanol, pois em média 27% da gasolina é mesclada com etanol, ou seja, com biodiesel, e atualmente essa mistura é de apenas 10%;
  • Margens da distribuição e sua revenda.

A Petrobras faz parte apenas do primeiro item desta lista, no restante ficam envolvidos outros participantes da chamada cadeia de comercialização, estes que são distribuidores, revendedores, importadores, produtores de biocombustíveis, entre outros. Todos esses itens e participantes fazem com que seja determinado o valor a ser cobrado pela gasolina e/ou diesel.

E para deixar você ainda mais bem informado sobre as tributações, sobre o óleo diesel se limita apenas ao ICMS, que se trata do imposto estadual, pois o PIS/Pasep e Cofins – ambos tributos federais – tiveram suas alíquotas zeradas.

Lembrando que esta medida seguirá vigente somente até dia 31 de dezembro deste ano (2022).

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Até logo!

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